8ª Digressão "Paixão Segundo S. João"

Para a sua 8ª Digressão, a Orquestra XXI lançou o desafio a cantores portugueses também residentes no estrangeiro, para se juntarem à orquestra e, em conjunto, apresentarem a Paixão Segundo S. João de J. S. Bach. Assim, nos dias 27, 28 e 29 de Abril, o Coro e Orquestra XXI, dirigidos pelo maestro Dinis Sousa e com um ilustre conjunto de solistas, irão levar esta obra-prima de Bach às cidades de Viseu, Aveiro e Lisboa. Mais informações aqui.

Programa
Johann Sebastian Bach
 Paixão Segundo São João

Coro e Orquestra XXI
Dinis Sousa direção musical

Raquel Camarinha soprano
Cátia Moreso meio-soprano
João Terleira tenor
Hugo Oliveira barítono
André Henriques Cristo
Diogo Mendes Pilatos

27 de Abril . Sé Catedral de Viseu . 21h
28 de Abril . Teatro Aveirense . 21h30
29 de Abril . Centro Cultural de Belém. 22h

7ª Digressão "Sonho de Uma Noite de Verão"

A assinalar os 400 anos da morte de Shakespeare, a Orquestra XXI volta a reunir-se em Portugal para a sua 7ª Digressão, centrada no “Sonho de Uma Noite de Verão”. Felix Mendelssohn escreveu uma das suas mais célebres obras para acompanhar a peça de Shakespeare, da qual o actor Ricardo Pereira irá narrar excertos, num concerto que inclui também a Suite do bailado “Pulcinella” de Igor Stravinsky e a peça “Acanto” da jovem compositora portuguesa Andreia Pinto-Correia, que tem desenvolvido um percurso relevante nos Estados Unidos da América.

A Orquestra XXI, que reúne músicos portugueses residentes no estrangeiro, venceu em 2013 o Prémio FAZ - Ideias de Origem Portuguesa da Fundação Calouste Gulbenkian em parceria com a Cotec Portugal e tem-se apresentado nos mais prestigiados palcos portugueses, recolhendo grandes elogios da crítica especializada. Pela primeira vez, o projecto alarga-se também a cantores, com a criação de um coro de câmara formado por cantoras portuguesas também residentes no estrangeiro.

Esta digressão irá contar com a estreia da orquestra em duas cidades, no Theatro Circo em Braga (no dia 1 de Setembro) e no recém-aberto Convento São Francisco em Coimbra (no dia 3 de Setembro) para além do regresso aos palcos da Casa da Música no Porto (1 de Setembro) e da Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, onde termina a digressão (4 de Setembro).

Programa
Orquestra XXI
Coro de Câmara
Ricardo Pereira
Narrador
Dinis Sousa Direcção Musical

Andreia Pinto-Correia Acanto
Igor Stravinsky Suite “Pulcinella”
Felix Mendelssohn Sonho de Uma Noite de Verã

6ª Digressão Anunciada

A 6ª Digressão da Orquestra XXI irá decorrer entre os dias 21 e 23 de Abril, com 3 concertos em Viseu, Alcobaça e Lisboa.

Após um período de ensaios em Viseu, onde a orquestra estará em residência ao abrigo do acordo com o Grupo Pestana/Pousadas de Portugal, a Orquestra XXI inicia a sua digressão no dia 21 de Abril, com um concerto inserido no Festival de Música da Primavera de Viseu, que terá lugar na Aula Magna do Instituto Politécnico.

No dia seguinte, a 22 de Abril, a Orquestra XXI segue para Alcobaça, onde se vai apresentar no Cineteatro Municipal, antes de descer até Lisboa, para a sua estreia no festival Dias da Música em Belém, no dia 23 de Abril, no Centro Cultural de Belém.

O tema dos Dias da Música deste ano é a “Volta ao Mundo em 80 concertos” e a Orquestra XXI propõe uma viagem à Escócia através da música de Felix Mendelssohn, que escreveu duas das suas obras-primas - a abertura As Hébridas e a Sinfonia Escocesa -  inspirado pela sua visita à Escócia, em 1829. Para completar o programa em Viseu e Alcobaça, a Orquestra XXI irá apresentar uma suite do grande compositor barroco francês, Jean-Philippe Rameau, ainda raramente apresentado em concerto mas detentor de uma obra excepcional que importa conhecer.

(c) João Paulo Coutinho

(c) João Paulo Coutinho

Programa
Orquestra XXI
Dinis Sousa, direcção musical

F. Mendelssohn Abertura "As Hébridas"
J. P. Rameau Suite de “Les Boréades”
F. Mendelssohn Sinfonia nº 3 “Escocesa”


Concertos
21 de Abril | 21h00 | Viseu | Aula Magna do Instituto Politécnico
22 de Abril | 21h30 | Alcobaça | Cine-Teatro
23 de Abril | 18h00 | Lisboa | Centro Cultural de Belém (Dias da Música) *

* No concerto de dia 23, apenas serão apresentadas as obras de F. Mendelssohn

 

Orquestra XXI em Madrid

No dia 16 de Dezembro de 2015, a Orquestra XXI encerra a XIII Mostra Portuguesa em Madrid. Para a sua estreia na capital espanhola, a orquestra irá apresentar uma nova obra de António Chagas Rosa, Audivi Vocem, na qual o compositor revisita o universo de Duarte Lobo, uma das grandes referências da música renascentista portuguesa. Depois desta estreia absoluta, segue-se a 1ª Sinfonia de Mahler, num arranjo de Iain Farrington em que a orquestração original de Mahler é reduzida a um grupo de apenas 15 músicos- um verdadeiro desafio para os intérpretes que permite apresentar esta grande obra sinfónica num contexto de música de câmara.

Orquestra XXI a interpretar a versão de Iain Farrington da 1ª Sinfonia de Mahler na reabertura do Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Fevereiro de 2014 (c) Márcia Lessa

Orquestra XXI a interpretar a versão de Iain Farrington da 1ª Sinfonia de Mahler na reabertura do Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, em Fevereiro de 2014 (c) Márcia Lessa


16 de Dezembro |  21h | Centro Cultural Conde Duque

Orquestra XXI
Dinis Sousa, direcção musical

A. Chagas Rosa Audivi Vocem (estreia absoluta)
G. Mahler (arr. I. Farrington) Sinfonia no. 1

Perfil João Moreira

O trompetista João Moreira (Porto, 1989) é solista na orquestra MusicAeterna, em Perm (Rússia), e colabora com a Orquestra XXI desde o programa de estreia deste agrupamento de jovens músicos portugueses residentes no estrangeiro.

Em Dezembro de 2015 será o seu trompete o que se ouvirá em Espanha, no concerto de encerramento da Mostra Portuguesa, em Madrid (Centro Cultural Conde Duque), em que a Orquestra XXI interpretará em estreia absoluta uma obra recentemente composta por António Chagas Rosa (Audivi Vocem) e o mesmo arranjo da Sinfonia nº1 de Mahler com que se apresentou na reabertura do Grande Auditório Gulbenkian, em Fevereiro de 2014 (de Iain Farrington).

[AnT/Orq XXI] Ocasionalmente, és visto a tocar em alguns palcos nacionais, mas é na Rússia que passas a maior parte do tempo. O que te prende a esse país?
[JM] Há inúmeras razões: é o meu primeiro lugar fixo, adoro o projecto em que estou integrado; a orquestra MusicAeterna, com o maestro Teodor Currentzis, é uma orquestra que está em progressão e sempre extremamente activa. Temos de momento um contrato com a Sony, e apenas em 3 anos tive a oportunidade de gravar a Sagração da Primavera, de Igor Stravinsky, a 3ª e a 5ª sinfonias de Gustav Mahler, e as 3 óperas "Da Ponte" de Wolfgang Amadeus Mozart (Cosi fan TuttiLe Nozze de Figaro e Don Giovanni). Ou seja, é uma orquestra em ascensão. Tenho também a oportunidade de viajar e conhecer o mundo e tocar em diversos palcos como, por exemplo, nos festivais de Lucerna e de Salzburgo. E não posso, de maneira alguma, deixar de me pronunciar relativamente à paixão que público demonstra pela orquestra. É incrível como a cultura dos cidadãos Russos é tão dedicada ao Ballet e à musica Clássica. Sempre "casa cheia" e fortes aplausos. Não vi isto em mais lado nenhum.  

O que é que a tua ida para a Rússia te trouxe como experiência mais importante?
Está a ser, sem dúvida, uma excelente oportunidade para eu adquirir experiência enquanto músico de orquestra. Tive que me adaptar a outro estilo [de vida], mas tem sido gratificante. O que mais posso realçar creio ser a oportunidade de tocar em grandes palcos. E, claro, o principal tem sido a experiência musical devido à diversidade de repertório que tocamos, desde o clássico ao moderno.

Antes deste período na Rússia, estiveste na Alemanha, onde concluíste o Mestrado na Hochschule für Musik und Theater Hamburg. Conhecer outros mundos era uma necessidade pessoal ou foi o acaso que te fez agarrar oportunidades que foram surgindo?
Bom, desde cedo que o meu professor na EPME e na ANSO, Prof. Sérgio Charrinho, me incentivava e me motivava a sair de Portugal em busca de um nível seguinte e de novas oportunidades. Nunca foi uma mera coincidência, foi sem dúvida devidamente preparado. Depois de uma vasta lista de ideias de professores com quem poderia vir a estudar, chegámos à conclusão de que o Prof. Matthias Höfs seria o ideal. Então, trabalhámos no sentido de chegar até ele. Fui inicialmente ter uma aula com ele a Bremen, na fábrica de instrumentos de metais "Thein"- marca em que é o principal artista. Aí tivemos o primeiro contacto, o que foi como um sonho: sempre fui um enorme fã dele e ali estava eu a tocar ao lado dele. Após essa aula, incentivou-me a fazer a prova e assim foi: durante dois anos estudei na categoria de Mestrado em performance.

A orquestra que actualmente integras, na Rússia, não se situa propriamente na capital, mas também não é uma mera orquestra regional. Que semelhanças e diferenças existem entre uma orquestra como a MusicAeterna, em Pern, e as orquestras regionais portuguesas?
Posso afirmar seguramente que uma coisa nada tem a ver com a outra. O sítio onde se toca não faz a orquestra. Um enorme exemplo disso é Moscovo, que conta com mais de 40 orquestras e, de facto, as que de verdade se realçam são a Orquestra Nacional Russa e o Teatro Bolshoi. Mas voltando à pergunta, com as orquestras regionais portuguesas, creio que poderiam estar ao mesmo nível de qualquer outra se a ajuda monetária fosse igualada às de Lisboa ou Porto, por exemplo. No caso da MusicAeterna, conta com o apoio de bons patrocinadores e bons managers o que a faz estar ao mesmo nível das outras. Essa é sem duvida a grande diferença entre uma orquestra regional Russa e uma orquestra regional Portuguesa: a situação monetária e o apoio com que contam.

Permanecer na Rússia para o resto da vida é uma possibilidade?
Sem dúvida que não. Nunca foi nem será um possibilidade. Estou extremamente grato por esta experiência, mas é só de passagem. Quero voltar para a Europa. Tenho um desejo forte de trabalhar numa orquestra do meu país, mas é simplesmente impossível: não há lugares vagos, portanto nem há oportunidade de tentar. Isso faz com que Alemanha seja um dos meus principais objectivos e tenho vindo a trabalhar nesse sentido. Quero voltar a mudar-me para a Alemanha brevemente.

Integraste a Orquestra XXI nos três primeiros programas, apesar de não teres podido estar presente mais recentemente. O que há de comum nas diferentes residências artísticas e o que notas menos constante, ou diferente, ao longo da existência do projecto? 
Antes de mais é um prazer e honra fazer parte deste projecto. Fico sempre muito feliz quando recebo um convite da Orquestra XXI. De comum, sem dúvida, o espírito positivo e a vontade de trabalhar que se sente a cada projecto, o que motiva e dá vontade de fazer melhor. A excelente organização com que conta esta orquestra ajuda de facto no projecto. Portugal é um país onde é muito difícil fazer um projecto lançar-se e desenvolver-se, portanto é de louvar o trabalho e força de vontade de toda a produção envolvida neste projecto.

Que projectos musicais tens para os tempos mais próximos? 
Todo o mês de Janeiro estarei em digressão pela Europa com a orquestra MusicAeterna, com instrumentos clássicos. E o meu grande objectivo após essa digressão e em parceria com os seguintes programas agendados aqui em Perm é ter aulas privadas com um trompetista com quem tenho estado em contacto e esse será por agora o meu maior objectivo: desenvolver e aprender mais com novas ideias.

Programa anunciado para a 5ª Digressão

Com o lançamento da Temporada Gulbenkian Música 15/16, que abre mais uma vez com um concerto da Orquestra XXI, anunciamos o programa que a orquestra vai apresentar durante a sua5ª Digressão. Depois de dois anos em que a Orquestra XXI se tem apresentado em várias formações diferentes, abordando o repertório barroco, clássico, sinfónico e música para ensemble, a 5ª Digressão irá reunir em palco o maior número de músicos desde a criação do projecto.

O concerto abre com dois apelativos poemas sinfónicos de Francisco de Lacerda, compositor que, apesar de raramente apresentado em concerto, deixou um conjunto de notáveis peças orquestrais que importa redescobrir. Neste caso, Dans le Clair de Lune e Almourol são duas obras representativas da linguagem do compositor açoreano que viveu e trabalhou em Paris, desenvolvendo uma importante carreira internacional enquanto compositor e maestro.

O clarinetista Horácio Ferreira, membro da Orquestra XXI desde a sua primeira digressão e recentemente nomeado Rising Star da European Concert Halls Organisation (que o levará em digressão pelos mais prestigiados palcos europeus), aparece agora como solista com a orquestra, na estreia nacional da orquestração de Luciano Berio da Primeira Sonata para Clarinete e Piano de Johannes Brahms.

Para concluir o programa, a orquestra tocará uma das obras de referência do repertório sinfónico, a 5ª Sinfonia de Tchaikovsky.

Programa:
F. de Lacerda – Dans le clair de lune; Almourol
J. Brahms (arr. L. Berio) – Sonata nº 1 para clarinete e orquestra, Op. 120
P. I. Tchaikovsky – Sinfonia nº 5 em mi menor, op. 64

Orquestra XXI
Horácio Ferreira, clarinete
Dinis Sousa, direcção musical

Orquestra XXI vence o Prémio FAZ-IOP

Foi com uma enorme alegria que, no dia 6 de Junho, recebemos a notícia de que o projecto da Orquestra XXI foi o vencedor do 1º Prémio do concurso Ideias de Origem Portuguesa promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito da iniciativa FAZ realizada em parceria com a Cotec Portugal.

Na 2ª edição deste concurso, dos mais de 70 projectos que foram propostos, o júri seleccionou 10 finalistas que foram convidados pela Fundação Calouste Gulbenkian a participar numa formação intensiva em Empreendedorismo Social, promovida pelo IES (link). Estes 3 dias viriam a concluir com uma apresentação final ao júri que depois escolheria os projectos vencedores. Não podemos senão estar satisfeitos quando, de entre os vários candidatos com propostas muito meritórias, foi um projecto de música e de músicos que foi distinguido com este prémio de empreendedorismo social.

Agradecemos a todos quantos nos apoiaram e acreditaram na nossa ideia. Agradecemos à Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), pelo inestimável apoio que tem dado ao país, sem o qual não haveria músicos do nível dos que hoje integram o projecto da Orquestra XXI. Agradecemos muito especialmente ao Departamento de Desenvolvimento Humano da FCG pelo apoio continuado que tem dado ao projecto. Agradecemos ainda aos formadores do IES, que nos incentivaram a dar o nosso melhor, e às equipas dos restantes projectos que mantiveram um saudável espírito de empenhada partilha.